Projeto Fiocruz no Ar: sífilis e a resistência à antibióticos entre jovens

Desde 2010, quando se tornou obrigatória a notificação de casos de sífilis no Brasil, os números demonstram um aumento persistente. O Ministério da Saúde divulgou em outubro de 2019, os dados de seu boletim epidemiológico, que atestam que entre 2017 e 2018, o número de casos, saltou de 59,1 por cada 100 mil habitantes, para 75,8, o que representa um aumento de 28,3%.
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, no período de 2010 a junho de 2019, foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan, 650.258 casos de sífilis adquirida. A região Sudeste lidera com 53,5% dos casos, seguida das regiões Sul e Nordeste com, respectivamente, 22,1% e 12,9% dos casos. As regiões Centro Oeste (6,5%) e Norte (4,9%) fecham os dados. O documento do Ministério da
Saúde explicita também que, de 2010 a 2018, 347.064 (40,6%) dos casos ocorreram em homens e 506.873 (59,4%) em mulheres.
A sífilis é considerada uma Infecção Sexualmente Transmitida (IST) e é causada pela bactéria Treponema pallidum. Uma das características da sífilis é que ela pode levar meses ou anos no organismo da pessoa infectada. Na fase primária, que pode durar entre duas e seis semanas, uma ferida que não dói, não arde e que desaparece de forma espontânea estando ou não sendo feito o tratamento, pode levar a falsa impressão de cura. Na segunda fase, manchas pelo corpo – nestas fases iniciais é que ocorre o maior risco de contágio. Sem tratamento, a bactéria pode “adormecer” no organismo entre dois a 40 anos do início da infecção, e aí, ao “acordar”. O tratamento é por meio do antibiótico penicilina benzatina, popularmente conhecida por benzetacil, que ajuda a curar a doença. O tratamento é fundamental para o restabelecimento da saúde do paciente. O uso inadequado do antibiótico pode causar a resistência a ele e dificultar o tratamento. E a sífilis não curada leva a riscos como infecção por HIV, problemas neurológicos e nas artérias e vasos sanguíneos, de visão e até demência. Para as gestantes, a sífilis pode causar complicações na gravidez, inclusive aborto e problemas no feto como surdez, cegueira ou má formação, dentre outros.
Para falar sobre essa IST, o projeto Fiocruz no Ar ouviu o médico e professor adjunto do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gabriel Osanan, que explica os riscos do não tratamento da doença.Sobre o Projeto Fiocruz no Ar
O Projeto Fiocruz no Ar produz podcasts para serem distribuídos para rádios interessadas em veicular – gratuitamente – informação de qualidade, tendo como referência a expertise de 120 anos da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, do Ministério da Saúde. A distribuição do material também é feita pelo Whatsapp, para que a informação chegue a um maior número de pessoas.
O Projeto é uma iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação -VPEIC, da Fundação Oswaldo Cruz/Ministério da Saúde.

Ouça e compartilhe!!!
Boletim “Fiocruz no ar”, da Fundação Oswaldo Cruz, com o tema “Sífilis e resistência a antibióticos entre jovens”.
SoundCloud Fiocruz no Ar: https://soundcloud.com/user-881543515/fiocruznoar-sifilis-e-resistencia-a-antibioticos-entre-jovens


RadioTube Fiocruz no Ar: https://www.radiotube.org.br/audio-71579Qxw9zpuJ


Ficha Técnica Fiocruz no Ar – Sífilis e resistência a antibióticos entre jovens

Da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação – VPEIC, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz/Ministério da Saúde

Coordenadora: Graça Portela (Ascom/Icict/Fiocruz)

Consultora técnica: Ana Paula Assef (Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, do Instituto Oswaldo Cruz – IOC/Fiocruz)

Resistência Microbiana – Sífilis e resistência a antibióticos entre jovens – Duração: 3m57s

Reportagem, Produção e Locução: Maya Sangawa

Fontes: Eduardo Araújo – jornalista (povo fala) | Gabriel Osanan – da UFMG (médico) | Lennon Vasconcelos – estudante (povo fala)

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